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terça-feira, 17 de agosto de 2010
A Esperança é a última a morrer...
Sempre ouvi, senti e disse muitas vezes esta frase "A esperança é a última a morrer!" com um significado positivo cheio de expectativas. Uma frase que apregoava probabilidades sempre ainda por alcançar mas com um cheirinho a alcançável... Uma frase que animava os amigos que se encontravam em momentos difíceis...
Mas a realidade é que a Esperança é uma erva daninha que se impõe sem qualquer aviso, conseguindo sem qualquer entrave passar na alfândega do nosso consciente!
Enquanto a Esperança sobrevive, o que acontece ao seu portador? Portador este, que é continuamente alimentado pela dita Esperança, de grandes confianças e possibilidades, de grandes sonhos possíveis de alcançar?
Enquanto a Esperança egoísta continua a viver que nem um parasita, o seu hospedeiro vai definhando à medida que se vai dando conta de que todas as suas expectativas, todas as suas confianças e sonhos falsamente cheios de possibilidades vão morrendo à sua frente, deixando-o num completo vazio e já sem forças para continuar a tentar... A tentar alcançar o inalcançável, a tentar sonhar o improvável, a tentar confiar no desconhecido, a tentar acreditar nas possibilidades impossíveis...
Gostava de viver mais na pura da realidade do que a acreditar na Esperança, mais acertadamente chamada Falsa Esperança... Mas a minha cabeça de Lunática, sempre no mundo da Lua, ainda não me permitiu encontrar o antídoto para este vírus.
Por isso... A Esperança continua a ser a última a morrer, a ser a última a ter a palavra, enquanto aos poucos vou morrendo na fantasia criada por esta inimiga... Esperança...
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