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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Saldos...


É a correria....
É tudo a pisar....
É tudo a empurrar...
É a matança!
É tudo desarrumado, amarrotado e por vezes espalhado no chão...
É a frustração...

É assim que vejo a época dos saldos. Confesso que já fiz bastantes compras nestas alturas, mas cada vez mais, a frustração é maior.

Depois de um dia de trabalho, sabe tão bem ir para a azáfama de um centro comercial, encontrar as lojas num completo caos (a abarrotar de pessoas histéricas a mexer e remexer até ao fundo das bancadas e prateleiras) e tentar encontrar uma pecita de roupa de jeito que, com sorte, tenha o meu tamanho... Estou a dar pulinhos de alegria!!! ...........

POR AMOR DA SANTA!!!

Este ano, respirei bem fundo e lá me aventurei por essa selva... estou mesmo a precisar de roupita nova...

Começo pelas minhas lojas favoritas e logo depois da segunda loja, já estava piurça de frustração e desta vez de admiração! Uma nova emoção a juntar à panóplia de emoções negativas que a palavra "saldos" me provoca.


Passo a explicar:
Este ano, parece que as lojas foram buscar os refugos todos aos armazéns e nem se deram ao trabalho de fazerem uma selecção! Quero dizer, em pleno inverno, vou encontrar principalmente farrapos de primavera/verão que nem dão para aquecer a ponta do nariz! Ainda por cima com um preço que quase nada parece de saldo!


Pronto! Tudo bem! Os gajos até gostam de ver as gajas um pouco mais descascadas... mas com este tempo... tenham dó! Até tem sido um inverno rigoroso!

Já as poucas roupas de inverno que havia, pareciam da pré-história e com tamanhos que davam apenas para os meus pés ou então faziam parecer que tinha vestida uma saca de batatas...


Enfim... depois disto, continuo a preferir comprar na época normal. Compro pouco (já que a crise não me permite mais), mas compro uma coisa que gostei no momento e que com sorte até é do meu tamanho e sem ficar baralhada... "Hummm... em que estação do ano estamos mesmo?"







domingo, 9 de janeiro de 2011

Nuvem Menina


Já faz três dias que uma menina passa aqui na minha rua aos prantos por volta da uma da manhã. Parece já ter encontro marcado a esta hora... ou então anda às voltas perdida, já que passa tão baixa, desgarrada das suas irmãs. 

Ontem, parecia que alguém lhe soprava para os olhos, para a consolar, mas as suas lágrimas batiam cada vez mais fortes nos vidros das minhas janelas. Certamente o sopro estava a encaminhá-la para mais longe do seu refúgio deixando-a ainda mais contrariada e frustrada... desesperada...

Esta menina, feita de algodão, chama-se Nuvem... e dei por mim a pensar como a poderia ajudar para acabar de vez esta aparição nocturna e chorosoa no meu pacato bairro...

"Oh Nuvem menina, vem ter comigo amanhã à mesma hora... tenho preparado um chocolate quente e saboroso para te adoçar as tuas mágoas e um banho bem cheiroso para te tirar essa cor negra, devolver-te a tua cor de algodão doce e evaporar-te para ao pé das tuas irmãs... a ver se deixas os teus tios, Sol e Lua, fazerem o seu trabalho devidamente... e assim, poderei ter algum descanso para passear a Luna sem ficarmos encharcadas!"

domingo, 2 de janeiro de 2011

Pela Noite dentro...


A noite já vai avançada. Estou no meu carro a conduzir ao som de uma bela música. As listas brancas guiam-me até à terra que me trouxe a este mundo. No banco detrás, estão as minhas meninas: a Luna, que já dorme e solta por vezes um suspiro de quem está muito bem instalada e descansada; e a Inca que por vezes lança um miado a avisar de que o meu pé direito está a ficar pesado demais... E assim vamos as três rumo a mais um Natal.

Guio numa estrada de um mundo paralelo, completamente absorta em boas recordações natalícias. O acordar num ambiente aquecido por uma bela lareira com os cheiros da preparação de uma bela ceia para a consoada. O pequeno almoço quentinho a ouvir o crepitar da lareira e a assistir aos repetitivos desenhos animados com contos de natal...
À noite, a reunião com a família, a boa disposição, o comer até não poder mais... as belas sobremesas...
Pela noite dentro, revemos os filmes de natal: Música no Coração, Sozinho em Casa, o mais actual The Grinch e tantos outros já vistos e revistos, sempre a marcar a sua presença nesta época.
Na manhã do dia de Natal, já o sol vai alto, por vezes tímido escondido por entre as nuvens, volto a acordar, vou ter com a lareira sempre acesa e tomo o pequeno almoço na companhia de mais desenhos animados e muito circo. Volto a pensar o que é que o circo tem a ver com o Natal, mas por estranho que pareça, já é tão familiar nestes dias que já parece fazer parte desta rotina...

De repente, a placa a avisar-me da saída para a Covilhã a 500m traz-me de volta ao mundo real. Suspiro... Um suspiro de quem espera um Natal semelhante aos de antigamente, a esperança de que tudo vá correr bem apesar das circunstâncias da vida, apesar da idade e de tudo o que esta acarreta... esperança de que o Natal como sempre o vivi nos tempos de meninice e até mesmo de adolescência volte a acontecer este ano... Suspiro e desejo...